Turismo gospel, um filão a ser explorado

Na mesma semana em que a Prefeitura de Miguel Pereira, no Sul Fluminense, anunciou a construção do maior parque religioso do Brasil, denominado Cidade da Bíblia, o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), sancionou a lei que inclui o Templo de Salomão, no Brás, na Lista de Bens Turísticos de Valor Excepcional Permanente. A inclusão do templo, que pertence à Igreja Universal do Reino de Deus, foi aprovada no fim do mês passado pela Câmara Municipal. A nova lei consta no Diário Oficial da Cidade de São Paulo de sexta-feira, 12.

No Rio de Janeiro, as obras do parque devem ser iniciadas ainda este ano, abrangendo uma área de 11 mil metros quadrados. Segundo a prefeitura, o objetivo do projeto é impulsionar o turismo religioso, combinando história e ensinamentos bíblicos com entretenimento.

Entre os principais atrativos do parque estará uma Bíblia gigante, medindo 12 metros de altura e 22 metros de largura. Além disso, o Jardim Santo de Israel será um destaque, abrigando árvores mencionadas nas Escrituras, como amendoeira, aloés, alfarrobeira, acácias, cedros-do-líbano, figueira, oliveiras e palmeiras.

Para apurar: qual o volume de investimento e de onde sairão os recursos? Quem está por trás do projeto e como ele surgiu? Que outros projetos de atrações de fundo cristão poderiam ser exploradasnesse filão de mercado?

Marília de Camargo César nasceu em São Paulo, é casada e tem duas filhas. Jornalista, trabalhou nos principais jornais de economia e negócios do Brasil. É também autora de livros que provocam reflexão nas lideranças evangélicas. Suas obras mais conhecidas são Feridos em nome de Deus, Marina — a vida por uma causa e Entre a cruz e o arco-íris.