Resistência à música secular não é uniforme entre evangélicos
Na minha experiência de vida, foi só por um momento muito curto na adolescência, em uma fase que a Igreja viveu, que houve uma resistência à música não cristã. Depois disso, ela se tornou cada vez mais comum. Foi criado um ambiente em que não havia separação entre os jovens e os adultos em relação a opinião sobre música. Passou a predominar a separação não entre música cristã e música secular, mas entre música boa e música ruim. Outros critérios entraram em cena, tais como qualidade da composição musical e letras das músicas. Evidentemente que a resistência à música não cristã prevalece quando são letras que comunicam valores contrários ao Evangelho.
Atualmente, são vários os ícones de música evangélica que fazem sucesso entre jovens. Queria destacar o movimento internacional chamado Hillsong, que arrebanha muitos seguidores. Também os seus músicos nacionais, que são ministérios como Diante do Trono, por exemplo. Esses artistas, independente do que representam política e teologicamente, tem muita inserção no universo evangélico.
Destaco aqui que há um “lado b” dessa música cristã brasileira, de alta qualidade musical e poética, vista pelo trabalho de músicos e compositores como Jorge Camargo, João Alexandre, Nelson Bomilcar, Vavá Rodrigues, entre outros. Desde décadas de 70, 80, o cenário evangélico foi acrescido de música cristã tipicamente brasileira por grupos como Logos, Vencedores por Cristo e Expresso Luz, por exemplo.