Por que Ribeiro usa arma e PMs evangélicos evitam?
É duplamente oportuno refletirmos sobre o disparo acidental da arma do ex-ministro da educação, Milton Ribeiro.
Em primeiro lugar, é uma oportunidade de refletir sobre o porte de armas em si e, sobretudo, por pessoas que nem trabalham na área de segurança oferecendo risco as pessoas.
Quer dizer, e já introduzindo aqui o segundo ponto, além da questão moral ligada ao fato do cristianismo se apresentar como integrado por agentes pacíficos, propagadores da paz, segundo ensina o Novo Testamento, e isso ser contrário à qualquer apreço por armas, pesa ainda o fato de não serem pessoas preparadas para seu uso, o que amplifica o risco em se tratando de porte de armas como vimos nesta situação.
Por isso, achei o pronunciamento do pastor Valdinei Ferreira sobre o disparo da arma do ex-ministro Milton Ribeiro muito objetivo e necessário para relembrar o que poderíamos chamar da ética cristã.
Esse caso me lembrou de situações durante anos de pesquisa nessa área confluente entre religião e violência nas quais soube de policiais militares que saiam para a rua desarmados porque achavam isso incompatível com seus credos. Essa postura gerava um risco para a tropa e isso foi debatido internamente, mas o caso serve para exemplificar que a relação entre direita, militares, religião e valorização de armas não foi sempre assim e não precisa ser!