Pastores em campo causam polêmica na abertura da Copa América

Pastores em campo causam polêmica na abertura da Copa América

"Deus abençoe a América. A mensagem de Cristo ainda é válida hoje, e ele nos chamou à paz, à compreensão e ao perdão. Ele também nos disse para acreditarmos, porque para quem acredita tudo é possível. E estas palavras encorajam-nos a não desanimar, a acreditar que tudo é possível. Deus abençoe todas as nações da América, cada equipe e cada atleta, e toda a família do continente, em nome de Cristo Jesus, amém.”

Esta mensagem, lida pelo pastor paraguaio Emilio Agüero Esgaib na abertura da Copa América, no dia 20, provocou indignação e protestos nas redes. Ao lado de seu irmão também pastor, Adolfo, que repetiu a saudação, traduzindo-a para o inglês, Emilio causou polêmica por levar a fé cristã para um palco que deveria ser laico – o campo de futebol. Os campos de futebol têm sido usados como palco de pregação religiosa não é de hoje. Em 2009, quando o Brasil festejou com uma oração coletiva a conquista do tricampeonato da Copa das Confederações, na África do Sul, a FIFA fez um alerta à CBF e pediu moderação aos jogadores, temendo abrir caminho para extremismos religiosos. 

Para apurar: de onde partiu o convite aos pastores paraguaios para abrir a cerimônia? Quem são eles? Como a FIFA avalia essa decisão? O que os ministérios de evangelismo de esportistas no Brasil pensam sobre isso?

 *Os textos publicados pelo Observatório Evangélico trazem a opinião e análise dos autores e não refletem, necessariamente, a visão dos demais curadores ou da equipe do site.


Marília de Camargo César nasceu em São Paulo, é casada e tem duas filhas. Jornalista, trabalhou nos principais jornais de economia e negócios do Brasil. É também autora de livros que provocam reflexão nas lideranças evangélicas. Suas obras mais conhecidas são Feridos em nome de Deus, Marina — a vida por uma causa e Entre a cruz e o arco-íris.