O peso dos evangélicos nas eleições americanas de novembro
Não é novidade que os evangélicos brancos americanos não gostam do presidente Joe Biden, escreve Ryan Burge, professor assistente de ciência política na Eastern Illinois University, pastor da Igreja Batista Americana e cofundador e colaborador frequente do Religion in Public, fórum de discussões de estudiosos de religião e política. Segundo artigo publicado no site Religion Unplugged, um público que nunca aprovou o presidente não deve mudar de ideia agora, ainda mais diante da polêmica causada pelo desempenho de Biden após o debate com Donald Trump, na semana passada.
Pesquisas sobre aprovação presidencial foram realizadas em 2021, 2022 e 2023 tiveram quatro opções de respostas, indo de desaprovar veementemente até aprovar veementemente. Segundo Burge, o índice de evangélicos brancos que responderam que desaprovam Biden veementemente caiu de 74% para 71% em três anos, enquanto que o índice de aprovação foi de 6% para 7%. Entre os não-brancos, um alerta surgiu e deve ser um sinal para a campanha, segundo Burge. Somados, os que aprovavam Biden em 2021 eram 48% do total, contra 52% de desaprovação. Em 2023, os desfavoráveis subiram para 55%.
Para aprofundar: um quadro sobre como votam os americanos de outras religiões e como anda a influência dos grandes líderes cristãos americanos na campanha que elegerá o homem mais poderoso do planeta em novembro.
*Os textos publicados pelo Observatório Evangélico trazem a opinião e análise dos autores e não refletem, necessariamente, a visão dos demais curadores ou da equipe do site.
Marília de Camargo César nasceu em São Paulo, é casada e tem duas filhas. Jornalista, trabalhou nos principais jornais de economia e negócios do Brasil. É também autora de livros que provocam reflexão nas lideranças evangélicas. Suas obras mais conhecidas são Feridos em nome de Deus, Marina — a vida por uma causa e Entre a cruz e o arco-íris.