O pânico sobre a Teologia do Domínio e a cegueira sobre a ganância laica, artigo de Christina Vital, e outras notícias nacionais

O pânico sobre a Teologia do Domínio e a cegueira sobre a ganância laica, artigo de Christina Vital, e outras notícias nacionais

O pânico sobre a Teologia do Domínio e a cegueira sobre a ganância laica. Artigo de Christina Vital da Cunha:

Christina Vital da Cunha, professora e coordenadora do Laboratório de Estudos em Política Arte e Religião da UFF, discute a Teologia do Domínio e suas ramificações no contexto político brasileiro, destacando sua raiz nas interpretações bíblicas de Gênesis e sua influência nos evangélicos neopentecostais. Ela ressalta a diversidade de manifestações dessa teologia, incluindo a Doutrina dos Sete Montes e a Batalha Espiritual, e a maneira como elas são aplicadas por diferentes grupos religiosos. Cunha também aborda a crescente resistência de evangélicos críticos à politização das igrejas e a emergência de uma esquerda evangélica comprometida com a justiça social e a democracia, destacando a necessidade de considerar esses atores sociais nas análises políticas e acadêmicas. (Instituto Humanitas Unisinos)


Para entender a perigosa “teologia da dominação”. Entrevista com João Cezar de Castro Rocha:

O historiador João Cezar de Castro Rocha analisa o crescente poder político de setores evangélicos, especialmente ligados ao bolsonarismo, que buscam subjugar o Estado à religião cristã através da teologia do domínio. Ele destaca a preocupação com a possibilidade de uma distopia teonomista, onde a democracia poderia ser subjugada pela religião. (Instituto Humanitas Unisinos)


Como o gospel dominou o pop brasileiro:

O gospel brasileiro alcançou um marco inédito em fevereiro, com a música "Eu Sou teu Pai", de Valesca Mayssa, sendo a mais ouvida do país no YouTube durante o Carnaval. Esse sucesso reflete o crescimento do mercado gospel, impulsionado pelo aumento da população evangélica e sua influência na sociedade. Artistas como Ana Castella e Ludmilla também gravam louvores, competindo nos rankings com estrelas pop. O Brasil lidera o consumo de playlists gospel no Spotify, e artistas como Gabriela Rocha e Aline Barros se tornaram superastros. O fenômeno é impulsionado por altos cachês pagos por prefeituras e estratégias eficazes de marketing, indicando que a era gospel está apenas começando. (UOL)


Ninguém é só 'evangélico': quem instrumentaliza a fé para fazer política só ganha com essa simplificação:

Lívia Reis e Magali Cunha discutem a complexidade e a heterogeneidade dos evangélicos no Brasil, criticando a tendência dos meios de comunicação e de análises sociopolíticas de tratar esse grupo religioso de forma homogênea. Destaca a importância de reconhecer as diversas denominações e práticas dentro do protestantismo, incluindo diferenças teológicas e culturais significativas. Além disso, enfatiza a necessidade de considerar interseccionalidades como raça, classe e gênero para compreender as distintas formas como os evangélicos interagem com a sociedade e a política. O texto argumenta contra a simplificação e generalização das identidades religiosas, apontando para a urgência de uma análise mais nuançada e qualificada que reflita a real diversidade do campo evangélico. (Intercept Brasil)


Jornal português mostra o crescimento da influência das igrejas evangélicas brasileiras na política local:

Um jornal português relatou o aumento da influência das igrejas evangélicas brasileiras na política local, notavelmente durante as recentes eleições legislativas. Esse movimento, descrito como "teologia do domínio", testemunhou o apoio de evangélicos brasileiros a partidos de extrema-direita em Portugal, seguindo padrões semelhantes observados em outras partes do mundo, como nos governos de Donald Trump nos EUA e Jair Bolsonaro no Brasil. A Aliança Evangélica Portuguesa, composta por mais de 700 congregações, desempenha um papel nesse contexto, com o respaldo de figuras proeminentes do Brasil, como o pastor Silas Malafaia. A campanha tem se concentrado em valores conservadores e, em alguns casos, na disseminação de desinformação para mobilizar o eleitorado evangélico, mesmo em um país historicamente dominado pelo catolicismo, como Portugal. (Carta Capital)


Perfil dos jovens é de cada vez mais evangélicos:

Em pesquisa realizada em escolas públicas no interior de São Paulo, notou-se um número crescente de adolescentes se identificando como evangélicos, refletindo uma tendência nacional. Dados de 2020 indicam que a quantidade de jovens evangélicos é quase equivalente à de jovens católicos na faixa de 16 a 24 anos. Muitos desses jovens vêm de contextos menos favorecidos e áreas periféricas, encontrando nas igrejas evangélicas um apoio espiritual e social significativo. A pesquisa sugere que a identificação com o evangelicalismo entre os jovens brasileiros tende a aumentar, influenciando a cultura e a sociedade do país. (Comunhão)