O direito de recursar transfusões de sangue é o mesmo que o direito à morte assistida?
Estão em andamento no Supremo Tribunal Federal duas ações que debatem o direito de autodeterminação das Testemunhas de Jeová de recusarem transfusões de sangue por motivos religiosos e se essa recusa justifica o custeio de procedimentos não oferecidos pelo SUS. Segundo matéria do portal Jota, trata-se de um debate sobre os limites entre a liberdade religiosa e o direito à saúde. Segundo a reportagem, os fiéis da religião consideram que o sangue representa a vida e, portanto, devem evitar "tomar sangue por qualquer via", em obediência e respeito a Deus, como "doador da vida".
Para aprofundar e apurar: que diferenças ou semelhanças poderia haver entre essa demanda das Testemunhas de Jeová e aquela que trata do direito de optar pela morte assistida, hoje em discussão em uma série de países, incluindo o Brasil? O que pensa a Associação Nacional de Juristas Evangélicos (Anajure) a respeito dos dois temas e advogados especialistas em direitos humanos? E por falar em Testemunhas de Jeová, quais as principais distinções doutrinárias entre eles e os evangélicos?
Marília de Camargo César nasceu em São Paulo, é casada e tem duas filhas. Jornalista, trabalhou nos principais jornais de economia e negócios do Brasil. É também autora de livros que provocam reflexão nas lideranças evangélicas. Suas obras mais conhecidas são Feridos em nome de Deus, Marina — a vida por uma causa e Entre a cruz e o arco-íris.