O controverso Richard Dawkins volta a gerar controvérsia
O biólogo Richard Dawkins, um dos grandes promotoresinternacionais do ateísmo, causa frisson nas redes ao informar que sua conta no Facebook foi apagada depois de ele defender que boxeadores definidos geneticamente como homens não deveriam lutar contra mulheres nas Olimpíadas de Paris. A polêmica se refere àboxeadora argelina Imane Khelif, de 25 anos, considerada uma lutadora transgênero, fato que foi desmentido pelo Comitê Olímpico Internacional.
Dawkins é tema de um outro artigo, a meu ver mais instigante, escrito por Adrian Warnock, autor do Patheos, um dos blogs cristãos mais lidos do mundo. Com o título já bombástico “Estaria Richard Dawkins para se tornar um cristão?”, Warnock observa uma mudança de atitude do autor de “Deus, uma ilusão” em relação aos cristãos nos últimos anos. Warnock escreve: “Tenho a sensação de que isso (a mudança) começou quando seu bom amigo Christopher Hitchensestava com câncer e, apesar de suas diferenças sobre Deus, Frances Collins providenciou um exame de DNA para ele, dando-lhe mais tempo de vida”, escreve. “Observei que em 2022, quando Dawkins conheceu Collins no Unbelievable, os dois se aproximaram com amizade e respeito. Em particular, Dawkins agradece a Collins pelo altruísmo que ofereceu a alguém que era seu inimigo filosófico.”
Para apurar: uma investigação sobre posicionamentos e declarações recentes de Dawkins, inclusive uma em que ele se declara um “cristão cultural”, poderia render uma matéria interessante sobre o biólogo.
Marília de Camargo César nasceu em São Paulo, é casada e tem duas filhas. Jornalista, trabalhou nos principais jornais de economia e negócios do Brasil. É também autora de livros que provocam reflexão nas lideranças evangélicas. Suas obras mais conhecidas são Feridos em nome de Deus, Marina — a vida por uma causa e Entre a cruz e o arco-íris.