No palco, um saudável debate de ideias antagônicas entre Freud e C.S Lewis
Do cinema para o palco. Depois do diálogo imaginário e intenso entre o ateu Sigmund Freud e o autor e teólogo irlandês já então convertido ao cristianismo C.S.Lewis, apresentado na peça “A Última Sessão de Freud”, que ficou em cartaz até o fim de abril, em São Paulo, o teatro paulistano agora exibe “Camus e o Teólogo”, na mesma linha da proposta anterior. Em cartaz no Teatro Aliança Francesa até 6 de agosto, a peça é baseada no livro “Albert Camus and the Minister” e mostra o embate de ideias entre o filósofo existencialista Albert Camus (1913-1960), e Howard Mumma, ministro da Igreja Americana de Paris. É um exercício de escuta, tolerância e elegância, e ilustra como podem conviver e ser amigos dois homens com concepções de vida tão distintas. Em tempos de tanta intolerância, vale a pena assistir e refletir.
Para apurar: é impressão ou existe mesmo um interesse maior dos produtores de teatro por enredos baseados em temas da fé?
*Os textos publicados pelo Observatório Evangélico trazem a opinião e análise dos autores e não refletem, necessariamente, a visão dos demais curadores ou da equipe do site.
Marília de Camargo César nasceu em São Paulo, é casada e tem duas filhas. Jornalista, é editora-assistente de projetos especiais do Valor Econômico, maior jornal de economia e negócios do Brasil. É também autora de livros que provocam reflexão nas lideranças evangélicas. Suas obras mais conhecidas são Feridos em nome de Deus, Marina — a vida por uma causa e Entre a cruz e o arco-íris.