Latinos evangélicos celebram Trump como presidente que respeita os cristãos, e outras notícias internacionais

Latinos evangélicos celebram Trump como presidente que respeita os cristãos, e outras notícias internacionais

Latinos evangélicos celebram Trump como presidente que respeita os cristãos

Na First Bilingual Christian Church, na Pensilvânia, a vitória de Donald Trump foi recebida com orações e apoio entusiástico. Entre os latinos evangélicos, muitos destacam seu foco em questões econômicas e valores cristãos, como a oposição ao aborto, como fatores decisivos para seu voto. Apesar de tensões sobre imigração, fiéis como Jonathan Vega apoiam políticas rígidas, enquanto pastores como Edel Santana elogiam Trump por respeitar os crentes. O aumento do apoio latino a Trump reflete preocupações econômicas e culturais, superando discursos identitários dos democratas, vistos como desconectados das prioridades diárias dessas comunidades. Para estrategistas, o momento exige reflexão e reaproximação para reconquistar esses eleitores em futuras eleições.(NPR)


Trump nomeia Mike Huckabee como embaixador dos EUA em Israel

Donald Trump indicou o ex-governador do Arkansas, Mike Huckabee, como embaixador em Israel. Huckabee, evangélico pró-Israel e defensor de assentamentos na Cisjordânia, reflete a postura conservadora e pró-Israel da base de apoio de Trump. O anúncio foi celebrado por políticos israelenses, como o premiê Benjamin Netanyahu, que destacaram a afinidade de Huckabee com Israel e Jerusalém. Huckabee, crítico de Joe Biden, promete trabalhar pelo fortalecimento das relações EUA-Israel em meio a conflitos na região (Sojourners)


Mistério cerca os abusos e vida de luxo do advogado cristão acusado de abusar de cerca de 130 meninos no Reino Unido e na África

John Smyth, advogado cristão acusado de abusar de cerca de 130 meninos e jovens no Reino Unido e na África, viveu uma vida de luxo na África do Sul após ser banido do Zimbábue por causa de denúncias de abusos. No Zimbábue, Smyth liderou acampamentos cristãos, onde batia em meninos e os submetia a práticas humilhantes. Ele foi acusado de homicídio culposo e agressões, mas o caso foi arquivado em 1997. Em 2001, Smyth mudou-se para a África do Sul, onde continuou ativo em causas evangélicas conservadoras, incluindo uma campanha contra o casamento entre pessoas do mesmo sexo. A revisão independente aponta que Smyth provavelmente continuou abusando de jovens na África do Sul e critica a Igreja Anglicana por não informar plenamente às autoridades locais sobre os riscos que ele representava. Apesar de ser afastado de sua igreja em 2017, ele nunca enfrentou a justiça pelos crimes cometidos e morreu em 2018. A origem dos recursos que financiaram sua vida opulenta em Cape Town permanece desconhecida (The Guardian).


A vitória de Trump reacende fervor profético evangélico e impulsiona agenda conservadora

A vitória de Donald Trump nas eleições presidenciais de 2024 foi interpretada por líderes cristãos carismáticos como o cumprimento de profecias divinas, após a derrota de 2020 ter gerado dúvidas sobre suas previsões. Evangelistas como Dutch Sheets e Lance Wallnau celebram o momento como um chamado para combater "forças demoníacas" em instituições como o DOJ e universidades. Trump prometeu maior acesso a esses líderes, incluindo a reativação de seu gabinete de fé, liderado por Paula White-Cain. As prioridades incluem combater o aborto, fortalecer Israel e reprimir direitos LGBTQ+. Apesar da euforia, especialistas apontam desafios: com os democratas fora do poder, os líderes terão que reinventar seus discursos, focando em inimigos mais abstratos, como "transgenerismo" ou "socialismo", para manter a mobilização. A relação simbiótica entre Trump e os profetas carismáticos deve se intensificar, com discursos que reforçam sua missão divina e expandem o discurso religioso no centro do poder político nos EUA (Slate).


O impacto do apoio dos cristãos brancos à ascensão de Trump ao poder

Robert P. Jones analisa o papel crucial dos cristãos brancos nos EUA na reeleição de Donald Trump em 2024, destacando como o apoio contínuo de evangélicos brancos (81%), católicos brancos (60%) e protestantes brancos não-evangélicos contribuiu para sua vitória. Apesar de Trump enfrentar acusações criminais, retórica racista e campanhas autoritárias, ele manteve o apoio de 68% dos cristãos brancos, enquanto outros grupos religiosos majoritariamente o rejeitaram. Jones argumenta que a aliança de cristãos brancos com Trump revela o abandono de princípios morais em favor de ressentimentos raciais e xenofóbicos, como a crença de que a discriminação contra brancos é tão grave quanto contra minorias e o apoio à deportação em massa de imigrantes. Ele alerta que, como em regimes autoritários históricos, o apoio religioso confere legitimidade moral ao autoritarismo, transformando os cristãos brancos nos principais responsáveis pelo ressurgimento de tendências fascistas nos EUA. (Time)


Origens racistas do apoio evangélico a Trump expõem legado não resolvido

Quatro em cada cinco evangélicos brancos apoiaram Donald Trump nas eleições de 2024, repetindo um padrão que remonta à formação da direita religiosa nos anos 1970. Apesar de valores como "princípios familiares," esse grupo consistentemente ignorou o histórico de Trump como predador sexual confesso e condenado, priorizando sua promessa de defender um ideal de nacionalismo cristão. Historicamente, o movimento evangélico não foi politizado pela oposição ao aborto, mas pela defesa de academias segregacionistas e pela resistência às mudanças promovidas pelos direitos civis. Essa história ajuda a explicar por que muitos evangélicos continuam apoiando Trump, mesmo diante de sua retórica racializada e sua recusa em repudiar o racismo. Embora nem todo evangélico branco seja racista, o vínculo entre a gênese do movimento religioso conservador e a defesa de políticas racialmente excludentes persiste como um desafio não enfrentado (Los Angeles Times).