Ingleses debatem a controversa Terapia da Reversão
A homoafetividade pode ser “revertida” por meio de terapia? Essa já ultrapassada discussão, que gera polêmica no Brasil desde a década de 90, chegou ao Parlamento do Reino Unido na semana passada (15/2). A Câmara dos Lordes debateu um projeto de lei que proíbe a chamada “terapia de conversão” (de sexualidades), pauta liderada pelo governo conservador do primeiro-ministro Rishi Sunak. O PL tem sido criticado por diversas organizações, incluindo a Aliança Evangélica. Deputados conservadores alertam que a lei poderia inibir liberdade religiosa, de expressão e de educação familiar.
“Existe o perigo de que este projeto de lei crie uma nova ortodoxia e toda uma categoria de opiniões que não devem ser expressas sob risco de condenação criminal”, afirmou a Baronesa Foster, deputada da Irlanda do Norte do partido Unionists. As informações são do Christian Post.
Para apurar: no Brasil, essa discussão sobre terapia da reversão de sexualidades teve seu auge em 2009, quando a psicóloga cristã Rozangela Justino recebeu repreensão pública do Conselho Federal de Psicologia por promover os tratamentos em consultório. Em 2022, ela teve seu registro cassado no Conselho Regional de Psicologia do Distrito Federal e ficou impedida de exercer a profissão. Uma boa matéria mostraria o debate no Reino Unido e investigaria os caminhos trilhados pela psicóloga cassada, que nos últimos anos ocupou um cargo no gabinete do deputado federal evangélico Sóstenes Cavalcante, em Brasília.
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Marília de Camargo César nasceu em São Paulo, é casada e tem duas filhas. Jornalista, trabalhou nos principais jornais de economia e negócios do Brasil. É também autora de livros que provocam reflexão nas lideranças evangélicas. Suas obras mais conhecidas são Feridos em nome de Deus, Marina — a vida por uma causa e Entre a cruz e o arco-íris