Impacto de nova presidência de Trump divide evangélicos ao redor do mundo, e outras notícias internacionais

Impacto de nova presidência de Trump divide evangélicos ao redor do mundo, e outras notícias internacionais

Impacto de nova presidência de Trump divide evangélicos ao redor do mundo

A eleição de Donald Trump como presidente dos EUA gerou reações mistas entre líderes evangélicos globais, destacando tanto esperanças quanto preocupações. Em países como Nigéria, Filipinas e Nepal, muitos cristãos veem sua vitória como um incentivo à liberdade religiosa e um apoio às suas causas, acreditando que sua política pró-cristianismo pode beneficiar comunidades cristãs. No entanto, líderes em regiões como África do Sul e Palestina temem que o apoio de Trump a políticas controversas, como a expansão de Israel e a retórica antimuçulmana, aumente tensões e dificuldades para cristãos que vivem em contextos multiétnicos e religiosos. Outros países, como o Brasil, celebram a vitória de Trump como um potencial apoio a líderes conservadores locais, enquanto no Reino Unido e no Canadá, evangélicos expressam preocupações sobre a associação entre fé e política, temendo que o rótulo evangélico seja associado a uma agenda de direita. Em regiões como Oriente Médio e Oceania, a nova presidência de Trump levanta questões sobre paz, estabilidade e os desafios de promover a fé cristã em sociedades cada vez mais secularizadas e polarizadas.(Christianity Today)


Cristãos conservadores veem a vitória de Trump como um mandato divino

A reeleição de Donald Trump foi celebrada por cristãos conservadores nos EUA como um “momento de travessia do Mar Vermelho” e um triunfo de valores cristãos. Trump reforçou sua imagem de líder providencial ao afirmar que Deus poupou sua vida por um propósito — restaurar a grandeza dos EUA. Junto a JD Vance, vice-presidente eleito e defensor de uma visão católica tradicionalista, Trump liderará uma coalizão cristã influente nas três esferas do governo. Para seus apoiadores, a vitória vai além da política: é uma batalha espiritual contra valores pluralistas e feministas. Pastores conservadores criticaram Kamala Harris, comparando-a à figura bíblica de Jezabel, enquanto figuras como Charlie Kirk incentivaram eleitores homens a participarem, em resposta às mudanças nas normas de gênero e ao aumento da participação feminina. A vitória também reacendeu movimentos antiaborto, com conservadores planejando reverter as políticas da administração Biden-Harris. Enquanto cristãos progressistas, como o bispo Sean W. Rowe da Igreja Episcopal, pregam igualdade e dignidade para todos, a retórica de líderes conservadores se mantém combativa, vendo a reeleição como uma manifestação da vontade divina.(New York Times)


Evangélicos comparam trump ao rei jeú, sugerindo batalha espiritual na eleição dos EUA

Líderes evangélicos nos EUA, como Jonathan Cahn e Ché Ahn, têm comparado Donald Trump ao rei Jeú, figura bíblica que tomou o poder e eliminou os seguidores do culto de Baal. Cahn afirmou que Trump foi "chamado para seguir o modelo de Jeú" ao "drenar o pântano" e reverter políticas contrárias aos valores conservadores, como a legalização do aborto. A comparação se intensificou com Kamala Harris como candidata, vista como uma nova "Jezabel" por esses líderes, um símbolo de decadência moral na teologia evangélica. Especialistas alertam para os riscos dessa retórica, que pode estimular a aceitação de violência entre os seguidores. O estudioso Matthew Taylor destaca que, para muitos evangélicos, a história de Jeú é familiar e inclui violência contra opositores. Segundo Taylor, a comparação poderia legitimar atos violentos em caso de derrota de Trump ou como uma "purificação" espiritual dos EUA caso ele vença. (The Atlantic)


Trump mantém apoio de cristãos brancos e amplia votos entre católicos latinos

Nesta eleição, Donald Trump manteve forte apoio dos cristãos brancos, especialmente dos evangélicos, e ganhou terreno entre católicos latinos, com mais da metade desses eleitores votando nele, um aumento significativo em relação a 2020. A motivação dos católicos latinos foi majoritariamente econômica, e não religiosa. Além disso, entre eleitores muçulmanos, houve um movimento de afastamento dos democratas devido à postura do governo Biden-Harris sobre a guerra Israel-Hamas. (NPR)


Jd Vance e a ponte entre o populismo e o conservadorismo cristão nos EUA

O vice-presidente eleito JD Vance, convertido ao catolicismo, surge como figura-chave para unir a ala populista do Partido Republicano e os conservadores cristãos. Focado na defesa da família e em valores cristãos, Vance se distancia do conservadorismo pró-mercado, propondo políticas voltadas ao fortalecimento familiar e às virtudes masculinas e femininas. Diferente do estilo populista de Trump, Vance representa uma visão tradicionalista que, para muitos conservadores cristãos, pode reviver uma política pró-família e pró-vida. No entanto, resta saber se ele conseguirá conciliar seu compromisso com esses valores em um partido ainda dividido entre populismo e conservadorismo clássico (Christianity Today)


Poder sem integridade destrói

O apoio de cristãos evangélicos à reeleição de Trump levanta questões sobre a responsabilidade de manter o presidente eleito em cheque, mesmo entre aqueles que o apoiaram. Justin Giboney relembra a história de Robert B. Elliott, que, em 1874, se recusou a ignorar a corrupção de seu partido, alertando que o poder sem honra se torna uma condenação. Giboney apela aos cristãos que apoiaram Trump para que não se acomodem junto ao poder, mas que sejam críticos e responsáveis, defendendo princípios cristãos e confrontando as falhas do presidente, especialmente em políticas que afetam imigrantes, a classe trabalhadora e a integridade do governo. (Christianity Today)