Igrejas evangélicas desfilam no Carnaval 2025 para evangelizar foliões, e outras notícias nacionais

Igrejas evangélicas desfilam no Carnaval 2025 para evangelizar foliões
Pastores e fiéis de algumas igrejas evangélicas participaram do Carnaval de 2025 com blocos de bateria, utilizando a festa como oportunidade para divulgar sua fé. A iniciativa,teve como objetivo evangelizar os foliões durante a celebração. A presença de igrejas evangélicas no Carnaval não é novidade, mas ganhou destaque em 2025. Com baterias, fantasias e músicas adaptadas, os blocos evangélicos atraíram tanto fiéis quanto curiosos. A estratégia visa aproveitar o grande fluxo de pessoas para transmitir mensagens religiosas de forma criativa. (JM Notícia)
Pastores brasileiros nos EUA se equilibram entre afinidade com Trump e o temor por fiéis
A comunidade evangélica brasileira nos Estados Unidos enfrenta um dilema após o retorno de Donald Trump à Presidência. Enquanto muitos fiéis apoiam o republicano por suas pautas conservadoras, como oposição ao aborto e defesa do empreendedorismo, uma parcela significativa dos imigrantes brasileiros sem documentos teme as novas medidas migratórias, que incluem deportações em massa. Em igrejas de Massachusetts e da Flórida, pastores relatam queda na frequência de fiéis, que evitam sair de casa com medo de serem detidos. Algumas igrejas, como a CTK United, passaram a oferecer assistência jurídica para orientar os imigrantes.Apesar do temor, muitos líderes evangélicos brasileiros continuam a apoiar Trump, acreditando que as deportações miram apenas criminosos e que, no futuro, o republicano pode criar uma alternativa de regularização. Enquanto isso, a tensão cresce nas congregações. (BBC Brasil)
Pastor da Assembleia de Deus é condenado por vilipendiar oferenda da Umbanda
A Justiça paulista condenou o pastor Danilo Santana Santos, da Assembleia de Deus, por discriminação e preconceito religioso. Em fevereiro de 2024, segundo a acusação feita pelo Ministério Público, o pastor foi chamado para "desfazer" uma oferenda que estava próxima à casa de fiéis de sua igreja, em Mauá, no ABC paulista. Com atos de intolerância e discurso de ódio, segundo a Promotoria, o pastor passou a se referir à oferenda como "obra do Diabo", "imundice", "sujeira do inferno", "mal" e "desgraça". O pastor se defendeu no processo afirmando que apenas "orou sobre os objetos deixados em via pública", exercendo "o seu direito à liberdade de crença religiosa". (Folha de São Paulo)
Bolsonarista agora preside a Frente Parlamentar Evangélica, #sóquenão
A eleição de Gilberto Nascimento (PSD-SP) para a presidência da Frente Parlamentar Evangélica (FPE) gerou interpretações apressadas sobre sua suposta identidade bolsonarista. No entanto, uma análise mais detalhada revela que sua trajetória política vai além do ex-presidente Jair Bolsonaro. Com 40 anos de experiência, Nascimento é um político tradicional e pragmático, com um índice de governismo em relação ao governo Lula de 63%, apenas 2% abaixo do seu adversário na disputa, Otoni de Paula (MDB-RJ). A FPE, composta por mais de 40% dos deputados federais e 30% dos senadores, é coesa em pautas morais, mas heterogênea em temas econômicos e sociais. A escolha de Nascimento reflete um voto na experiência e na capacidade de articulação política, não necessariamente um alinhamento automático ao bolsonarismo. A leitura de um suposto "evangelistão" ignora a complexidade do grupo e a diversidade de sua atuação no Congresso. (Folha de S. Paulo)
O Oscar de “Ainda estou aqui” e os evangélicos brasileiros
A vitória de Ainda Estou Aqui no Oscar de melhor filme internacional foi um marco para o cinema brasileiro, mas sua recepção no país foi dividida. Enquanto muitos celebraram a conquista, parte da população – incluindo setores evangélicos – viu a premiação sob uma ótica ideológica, tratando o filme como uma vitória da esquerda. O longa, que retrata os horrores da ditadura militar e o drama da família Paiva, enfrentou críticas que relativizam esse período histórico ou tentam compará-lo à prisão de golpistas do 8 de janeiro. Entre os críticos, evangélicos usaram as redes sociais para desqualificar a obra, reforçando argumentos políticos. No entanto, o pastor e professor Kenner Terra argumenta que, biblicamente, os evangélicos deveriam reconhecer a conquista como uma expressão da criatividade divina. Para ele, independente da visão política, o reconhecimento do cinema brasileiro no Oscar é motivo de celebração e demonstração da identidade cultural do país. (A Gazeta)
Bancada evangélica: líder quer debater temas além da pauta de costumes
Na última semana, os membros da Frente Parlamentar Evangélica do Congresso Nacional elegeram o novo presidente, deputado Gilberto Nascimento (PSD-SP). O parlamentar, eleito com 117 votos, disse em entrevista ao Metrópoles que quer o grupo discutindo temas para além da pauta de costumes. Ele também declarou estar aberto a dialogar com o governo Lula. (Metrópoles)
As possibilidades de diálogo com o mundo evangélico
O crescimento do segmento evangélico e sua politização conservadora desafiam a esquerda, que muitas vezes reforça estereótipos e ignora a diversidade interna desse grupo. Evangélicos progressistas enfrentam resistência tanto dentro das igrejas quanto no campo progressista, onde sua fé é vista como um obstáculo. No entanto, há disputas internas no meio evangélico, com lideranças que defendem a democracia, combatem desinformação e criam novas comunidades de fé alinhadas à justiça social. Para dialogar de forma efetiva, o campo progressista precisa abandonar preconceitos e reconhecer o papel central da fé na vida das populações periféricas. (Jornal do Oeste)