Hospital que sofreu ataque foi fundado por cristãos anglicanos
Um ataque aéreo ao único hospital cristão em Gaza no dia 17 matou centenas de palestinos e causou comoção mundial. Enquanto o Ministério da Saúde palestino, administrado pelo Hamas, atribuiu o ataque a Israel, as “Forças de Defesa israelenses disseram que o bombardeio foi fruto de uma falha de lançamento de um foguete pela Jihad Islâmica, grupo aliado ao Hamas”, informou a Christianity Today. Reportagem da revista, pelo que percebi, foi a única a falar um pouco mais profundamente sobre a história do hospital, que foi fundado por missionários anglicanos em 1882 e “por algumas décadas, em meados do século 20, foi administrado por missões da Convenção Batista do Sul (SBC). Atualmente está sob administração da Diocese Episcopal Anglicana de Jerusalém”.
“Conhecido coloquialmente como Al-Ma’amadani (ou “o Batista”, em árabe), é um dos 22 hospitais no norte de Gaza. Após as ordens de Israel para evacuação da área, centenas de palestinos se refugiaram ali, e famílias abrigaram-se no pátio onde ocorreu o ataque”, informa a CT.
A Diocese de Jerusalém faz parte da Comunhão Anglicana e está presente em cinco países ou territórios, com um total de trinta paróquias. “Juntamente com estes ministérios, o departamento diocesano de Paz e Reconciliação continua a trabalhar no fortalecimento do diálogo inter-religioso com os nossos companheiros judeus e muçulmanos”, informa o site da instituição.
Para apurar: qual o tamanho e perfil das organizações cristãs presentes na Faixa de Gaza? Qual a relevância do trabalho social que promovem? Cristãos são livres para professar sua fé na região?
*Os textos publicados pelo Observatório Evangélico trazem a opinião e análise dos autores e não refletem, necessariamente, a visão dos demais curadores ou da equipe do site.
Marília de Camargo César nasceu em São Paulo, é casada e tem duas filhas. Jornalista, é editora-assistente de projetos especiais do Valor Econômico, maior jornal de economia e negócios do Brasil. É também autora de livros que provocam reflexão nas lideranças evangélicas. Suas obras mais conhecidas são Feridos em nome de Deus, Marina — a vida por uma causa e Entre a cruz e o arco-íris.