Evangélicos impulsionam Trump e desafiam estereótipos sobre sua fé, e outras notícias internacionais
Evangélicos impulsionam Trump e desafiam estereótipos sobre sua fé
A vitória de Donald Trump em 2024 foi sustentada por forte apoio de evangélicos, mas pesquisa da More In Common revelou lacunas de percepção que distorcem a visão sobre esse grupo. Apenas 4% dos evangélicos colocam seu partido político como identidade central, enquanto não evangélicos acreditam que essa taxa seja 40%, demonstrando preconceitos infundados. Além disso, evangélicos mostram ampla aceitação do pluralismo religioso, com 78% valorizando essa diversidade. Embora os evangélicos sejam frequentemente vistos como intolerantes ou guiados por política, os dados desmentem esses mitos. A pesquisa também destaca a relevância contínua da fé nos EUA, com 73% dos americanos afirmando que ela é central para sua identidade, incluindo a geração Z. Este contexto convida à superação de divisões culturais, promovendo maior empatia e entendimento mútuo (The Daily Signal)
De ativistas sociais a indiferentes: a transformação do movimento evangélico nos EUA
O falecimento de Hal Lindsey simboliza o fim de uma era do premilenismo evangélico, uma teologia que moldou profundamente a política americana ao enfatizar a iminência do fim do mundo. Essa visão contrastou radicalmente com o pós-milenismo do início do século XIX, quando evangélicos lideravam reformas sociais como igualdade de gênero, abolição da escravidão e reforma prisional, na tentativa de trazer o "Reino de Deus" à Terra. No entanto, ao adotar o premilenismo, inspirado por teólogos como John Nelson Darby, os evangélicos passaram a negligenciar reformas sociais, focando na salvação individual e na interpretação de eventos globais como sinais apocalípticos. Com a ascensão da direita religiosa nos anos 1970, os evangélicos voltaram ao ativismo, mas agora com uma agenda voltada para a defesa do capitalismo e questões como segregação racial e oposição ao aborto. Diferente dos esforços inclusivos do passado, o movimento moderno carece do compromisso com os marginalizados e se distancia dos ensinamentos de Jesus sobre paz e cuidado com os mais vulneráveis. Essa trajetória destaca uma transformação paradoxal: de uma força progressista voltada à justiça social, o movimento evangélico tornou-se uma influência política indiferente aos valores fundamentais do evangelho (Los Angeles Times).
Evangélicos italianos rejeitam o Natal por considerá-lo uma tradição católica
Muitos evangélicos na Itália se opõem ao Natal, considerando-o uma celebração católica e sem base bíblica. Eles rejeitam tradições como árvores de Natal, presépios e Papai Noel, vendo essas práticas como contrárias à sua fé. Para líderes como Donato Trovarelli, o Natal representa rituais vazios que promovem hipocrisia e não refletem o evangelho. A resistência também é uma forma de afirmar a identidade evangélica em oposição ao catolicismo predominante no país, que representa mais de 60% da população. Entretanto, alguns evangélicos mais jovens e missionários estrangeiros na Itália, como René Breuel, têm adotado o Natal como uma oportunidade de evangelização e aproximação com a comunidade. Breuel destaca que celebrações natalinas em sua igreja em Roma ajudam a atrair fiéis que apreciam o espírito da temporada sem se sentirem culpados. Essa diversidade de abordagens reflete as tensões internas entre tradições bíblicas e culturais no contexto evangélico italiano (Christianity Today)
Pesquisa mostra evangélicos divididos sobre impacto das redes sociais
Uma pesquisa realizada pela Infinity Concepts e Grey Matter Research revelou que 54% dos evangélicos protestantes acreditam que o uso das redes sociais prejudica mais do que ajuda sua fé, embora continuem ativos online. O estudo destacou benefícios, como oportunidades de evangelismo, acesso rápido a conteúdos cristãos e fortalecimento comunitário, especialmente entre aqueles mais engajados em práticas religiosas. Mark Dreistadt, CEO da Infinity Concepts, comparou as redes sociais a uma ferramenta, enfatizando que seu impacto depende do uso. Enquanto alguns elogiam seu papel em disseminar o evangelho e fomentar a fé, outros a criticam como superficial e sedutora. Apesar disso, a maioria dos entrevistados reconhece seu papel na vida moderna. O relatório completo está disponível gratuitamente no site da Infinity Concepts (Las cruces Bulletin).