Como os gladiadores inspiraram a ideia de que evangélicos são perseguidos, e outras notícias internacionais

Como os gladiadores inspiraram a ideia de que evangélicos são perseguidos, e outras notícias internacionais

Como os gladiadores inspiraram a ideia de que evangélicos são perseguidos

O filme "Gladiador II", de Ridley Scott, reacende o fascínio pelas lutas de gladiadores, que eram inicialmente rituais funerários e evoluíram para espetáculos públicos celebrados como eventos culturais na Roma Antiga. Gladiadores, quase sempre escravos, podiam conquistar fama e até liberdade, simbolizando valores romanos de coragem e virtude. Curiosamente, o cristianismo primitivo assimilou a linguagem dos esportes e gladiadores, transformando mártires em "atletas da fé". Narrativas como as de Blandina e Perpétua exaltavam a virtude cristã, invertendo papéis de poder e redefinindo a honra. Hoje, essa herança simbólica persiste, especialmente entre grupos evangélicos e conservadores nos EUA, que, apesar de sua influência política, frequentemente se posicionam como minorias perseguidas. Casos como o do técnico de futebol Joe Kennedy, demitido por orações públicas, reforçam a narrativa de martírio contemporâneo. Representações culturais, como o filme "The Carpenter", reimaginam cristãos como combatentes ativos, deslocando-os do papel de vítimas para protagonistas em arenas simbólicas, perpetuando o mito de resistência e identidade em meio a desafios culturais modernos. ( The Conversation)


Cristãos na Alemanha enfrentam desafios políticos e econômicos

Na Alemanha, a Igreja Protestante proibiu membros do partido de extrema-direita AfD de assumirem cargos de liderança, alegando que suas posições xenófobas violam os valores cristãos. Enquanto isso, líderes religiosos holandeses enviaram uma carta ao primeiro-ministro pedindo uma abordagem mais humanitária na crise de asilo, comparando as políticas atuais às práticas restritivas da década de 1930. Na Polônia, o Tribunal Constitucional barrou uma proposta do governo liberal que alteraria aulas de catecismo, destacando a necessidade de consulta prévia à Igreja Católica. Já em Wolfsburg, trabalhadores da Volkswagen realizaram uma reunião ecumênica de oração diante de possíveis cortes de empregos na empresa. Organizado pela Network of Christians in Automotive Industry, o encontro reuniu cristãos de diferentes denominações para pedir proteção aos empregados e sabedoria para os líderes da indústria automotiva (CNE News).


Na Etiópia, jovens ortodoxos revitalizam sua igreja para enfrentar o avanço evangélico

Desde a separação entre Igreja e Estado em 1974, a Igreja Ortodoxa Tewahedo Etíope tem perdido fiéis, especialmente para denominações protestantes, cuja proporção cresceu de 5% em 1984 para 18% em 2007. Em resposta, movimentos como o Ethiopian Generation Jandereba buscam reverter essa tendência, capacitando jovens a defender teologicamente a igreja e resgatando sua conexão com a identidade nacional. Eventos massivos, como uma celebração com 50 mil participantes no Natal Etíope, destacam esses esforços. Além disso, organizações como a Mahibere Kidusan promovem a tradução de sermões para línguas locais, substituindo o uso do ge’ez, a antiga língua litúrgica. Líderes ortodoxos criticam métodos evangélicos, como assistência financeira atribuída diretamente a Jesus, e enfatizam a necessidade de ensinar os fundamentos da fé ortodoxa, como o conceito de salvação. Antropólogos observam que essa reação fortaleceu a competitividade teológica dos jovens ortodoxos, especialmente frente ao protestantismo e ao islamismo. Contudo, apesar da revitalização, especialistas destacam que a diversidade religiosa reflete a pluralidade da identidade nacional da Etiópia (La Croix International).


Tony Campolo: Um evangelista para evangélicos e a luta por justiça social

Tony Campolo (1935–2024), conhecido por sua combinação única de carisma, humor e paixão profética, faleceu aos 89 anos. Sociólogo e pregador, Campolo desafiava cristãos a viverem de acordo com as palavras de Jesus, focando na justiça social e no cuidado com os pobres. Inspirado pela Declaração de Chicago de Preocupação Social Evangélica de 1973, ele promoveu um cristianismo que unia evangelismo e justiça social, questionando a polarização política e o uso das igrejas como armas culturais. Campolo também se aventurou na política, concorrendo ao Congresso em 1976 e servindo como conselheiro espiritual de Bill Clinton na década de 1990. Campolo cofundou o grupo Red Letter Christians em 2007, incentivando cristãos a seguirem os ensinamentos de Jesus. Conhecido por sua mensagem "É sexta-feira... mas o domingo está chegando!", que fazia alusão à morte e ressurreição de Cristo, ele inspirava esperança mesmo em tempos difíceis. Sua capacidade de conectar fé, humor e ação social o tornou um dos comunicadores cristãos mais impactantes de sua geração, deixando um legado que continuará a inspirar muitos (ABC).