Como Donald Trump substituiu Billy Graham, o ‘Papa protestante’, e outras notícias internacionais
Como Donald Trump Substituiu Billy Graham, o ‘Papa Protestante’
Na reta final da eleição presidencial de 2024, Billy Graham, falecido em 2018 e figura icônica do protestantismo no século 20, tornou-se o centro de uma disputa no movimento evangélico. Um grupo de apoio a Kamala Harris lançou um vídeo que contrasta sermões de Graham sobre humildade e moderação com declarações de Donald Trump que exaltam a ganância e a agressão. Esse vídeo reacendeu a divisão dentro do movimento evangélico, com muitos apoiadores de Trump vendo-o como defensor da fé cristã, enquanto outros o consideram um desvio dos valores tradicionais de Graham. Billy Graham, conhecido como “Papa Protestante,” era respeitado por sua abordagem unificadora e por aconselhar diversos presidentes. Porém, a chegada de Trump ao cenário político trouxe um tom mais polarizador, com pastores apoiando o engajamento partidário mais direto. Sem Graham, figuras cristãs contemporâneas estão divididas por questões políticas e sociais. Enquanto alguns líderes evangélicos defendem Trump, outros, como a neta de Graham, Jerushah Duford, afirmam que os ensinamentos cristãos são opostos à retórica divisiva promovida por ele. (New York Times)
Igrejas evangélicas apoiam candidatos anti-LGBTQ+ em escolas na califórnia
Líderes religiosos evangélicos na Califórnia, como Jack Hibbs, têm apoiado candidatos de extrema-direita em conselhos escolares para promover políticas anti-LGBTQ+. No distrito escolar Chino Valley, a política de “notificação parental”, que exigiria que professores informassem aos pais se alunos mudassem seus pronomes ou pedissem para usar banheiros de outro gênero, foi barrada pelo governo estadual após ser considerada discriminatória. No entanto, o conselho escolar aprovou uma nova versão disfarçada, a política “Sem Engano”, que reforça a transparência nas comunicações com os pais sem mencionar gênero ou sexualidade. Organizações de direitos civis alertam que esses movimentos, impulsionados por pastores influentes, são parte de uma tática mais ampla para infiltrar ideias conservadoras nas escolas locais. Esses líderes religiosos veem nas eleições escolares uma oportunidade de influenciar políticas públicas, especialmente em regiões “púrpuras” como os condados de San Bernardino e Riverside, onde há um equilíbrio entre eleitores democratas e republicanos. (Them)
Cristãos conservadores, Israel e o voto americano
Nos Estados Unidos, eventos como “Believers for Trump” visam consolidar o apoio de cristãos conservadores ao ex-presidente Donald Trump, reforçando valores como pró-vida e pró-família, além de um forte alinhamento com Israel. No entanto, a ênfase no apoio incondicional a Israel tem gerado desconforto entre alguns eleitores religiosos, que questionam a coerência com a política “América em Primeiro Lugar” de Trump. Com a escalada do conflito no Oriente Médio e o aumento das críticas sobre os impactos humanitários em Gaza, líderes religiosos e fiéis expressam dúvidas sobre a continuidade do apoio militar a Israel, destacando as necessidades internas dos EUA. (Al Jazeera)
Missionários cristãos decidem permanecer no líbano em meio a intensificação dos conflitos
Mesmo após alertas da embaixada americana para que deixem o Líbano devido ao aumento das tensões e ataques entre Israel e Hezbollah, alguns missionários cristãos optaram por ficar no país. Enfrentando incertezas quanto à segurança e observando a saída de muitos colegas, eles decidiram permanecer ao lado da população libanesa. Entre eles estão famílias que valorizam seu trabalho e vínculo com a comunidade local, como a de Emad Botros, que vê no Líbano seu lar e busca fortalecer a igreja em tempos de dificuldade. Para Daniel Suter, da Suíça, a escolha de ficar reflete seu compromisso com a missão e a necessidade de uma avaliação cuidadosa dos riscos, ajustando seus planos de evacuação conforme a situação. Essas histórias revelam a resiliência e a fé dos missionários, que, apesar das adversidades, continuam a servir e apoiar os libaneses. (Christianity Today)