Carta de Lusmarina a Lula: Um chamado à inclusão e ao diálogo
A carta escrita pela Pastora Lusmarina Garcia é uma análise detalhada e crítica sobre a relação entre o governo, especialmente o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, e as igrejas evangélicas no Brasil. Ela destaca a falta de inclusão das igrejas ligadas ao movimento ecumênico e ao campo progressista em iniciativas governamentais, como o protocolo de intenções assinado com igrejas evangélicas para atuação em comunidades periféricas.
A Pastora também expressa preocupação com a preferência do governo por igrejas neopentecostais, cujo discurso fundamentalista e conservador contrasta com valores democráticos, inclusivos e sociais. Ela defende a necessidade de diálogo inter-religioso e a promoção do pensamento crítico nas igrejas, sugerindo a revisão dos currículos dos cursos de teologia para incorporar uma abordagem histórico-crítica.
Além disso, a Pastora questiona a falta de transparência nos acordos entre o governo e as igrejas, destacando a importância da isonomia e do respeito à diversidade religiosa em um Estado laico. Ela conclui enfatizando a importância do debate sobre a questão religiosa na construção de uma cultura democrática e inclusiva no Brasil.
Essa análise reflete a preocupação com os impactos sociais, políticos e culturais das relações entre Estado e religião, ressaltando a importância de promover valores democráticos e respeito à diversidade em todas as esferas da sociedade brasileira.
A carta completa pode ser lida no Instituto Humanitas Unisinos.