Após negociações com a Fazenda, Câmara retoma debate sobre PEC das Igrejas, e outras notícias nacionais
Após negociações com a Fazenda, Câmara retoma debate sobre PEC das Igrejas
Após reuniões de deputados com o Ministério da Fazenda, a Câmara dos Deputados deve retomar na próxima semana o debate sobre a proposta que amplia a imunidade tributária para templos religiosos. o governo deve enviar sugestões de mudança ao texto nesta segunda-feira (25). Ajustes na proposta, conforme a negociação com integrantes da equipe econômica, devem ser debatidos por líderes partidários na terça-feira (26). Entre as mudanças em análise está um pedido do governo para detalhar quais bens e serviços teriam imunidade garantida, sem a incidência, por exemplo, do ICMS e do IPI. A CNN apurou que parte dos deputados é contra o texto por avaliar que o debate sobre a isenção não é adequado no momento em que o Congresso ainda analisa a regulamentação da reforma tributária e tem dificuldades para definir os regimes diferenciados e especiais sem aumentar a alíquota padrão. (CNN)
Otoni de Paula pode assumir frente evangélica da Câmara e promete diálogo com governo Lula
O deputado Otoni de Paula (MDB-RJ) é cotado para assumir, a partir de 2025, a presidência da Frente Parlamentar Evangélica, atualmente comandada por Silas Câmara (Republicanos-AM). A possível mudança no comando da bancada sinaliza um movimento sutil, mas relevante, de parte do segmento evangélico em direção a um diálogo mais próximo com o governo Lula. Otoni indicou que pretende adotar uma postura menos conflituosa no exercício do cargo (Estadão).
Velório de Rina tem centenas de fiéis e discursos emocionados da família
O velório do apóstolo Rina, fundador da Igreja Bola de Neve, reuniu centenas de fiéis na sede da congregação em São Paulo, com discursos emocionados de familiares. A cerimônia também expôs momentos delicados: enquanto a irmã Priscila prometeu dar continuidade ao legado do líder, o filho Rininha destacou as dificuldades enfrentadas pelo pai nos últimos meses. Rina, afastado desde junho por denúncias de agressão e importunação sexual, morreu em um acidente de moto após retornar de um evento religioso. O pastor, que marcou a Igreja Bola de Neve com sua abordagem jovem e inovadora, deixa um legado que transcende as fronteiras do Brasil, mas também enfrenta um futuro incerto devido às controvérsias de sua trajetória recente (Uol).
O legado do apóstolo Rina vai sobreviver
O pastor Rinaldo Luiz de Seixas Pereira, conhecido como apóstolo Rina, faleceu em um acidente de moto em 17 de novembro, deixando um legado significativo no cenário evangélico brasileiro. Fundador da Igreja Bola de Neve, Rina criou uma comunidade cristã alternativa que cresceu de um pequeno auditório para 560 unidades em 34 países, atraindo jovens desencantados com igrejas tradicionais. Com uma abordagem descontraída e acolhedora, a Bola de Neve tornou-se um refúgio para skatistas, surfistas e metaleiros, marcando presença entre a juventude em um contexto de crescente afastamento religioso. Apesar de polêmicas recentes, incluindo denúncias de violência doméstica, muitos fiéis destacam o impacto transformador de Rina, que acolheu excluídos e trouxe espiritualidade para milhares de jovens. Seu legado, embora complexo, continua relevante para compreender os desafios e possibilidades da religião entre as novas gerações (Folha de São Paulo).
Igreja Bola de Neve: velório do Apóstolo Rina teve confusão pela liderança
O falecimento de Rinaldo Luiz de Seixas Pereira, fundador da Igreja Bola de Neve, em um acidente de moto, trouxe à tona tensões internas sobre a liderança da congregação. Durante o velório em São Paulo, Denise Seixas, esposa de Rina e vice-presidente da igreja, relatou uma tentativa de destituí-la da sucessão, gerando discussões acaloradas nos bastidores. Em discurso aos fiéis, Denise destacou o impacto do marido na vida de muitas pessoas e reafirmou sua posição. Fundada nos anos 1990, a Bola de Neve se tornou referência por sua abordagem jovem e inclusiva, atraindo seguidores famosos. Contudo, as recentes polêmicas envolvendo o líder, como denúncias de agressão, e o apoio político à reeleição de Jair Bolsonaro, refletem desafios que a igreja precisará enfrentar em meio ao processo de transição (Veja).
Evento evangélico para empoderamento feminino lota Maracanãzinho
A segunda edição da conferência Juntas reuniu 11 mil mulheres no Maracanãzinho, em um evento que destacou temas como empoderamento feminino, saúde mental e espiritual, e crescimento pessoal. Organizada por pastoras de ampla influência nas redes sociais, a iniciativa chamou atenção por ser exclusivamente feminina, questionando o papel das mulheres na igreja e na sociedade. Enquanto muitas denominações evangélicas ainda seguem a visão complementarista, que limita a atuação das mulheres em certos contextos, o evento reflete um movimento de fortalecimento da comunidade feminina cristã e aproximação com pautas de igualdade de gênero. A questão permanece: seria esse um passo para o feminismo dentro do universo evangélico, ou apenas uma reafirmação da fé e unidade entre mulheres? (Folha de São Paulo).
Após assistir filme "Ainda estou aqui", pastor afirma: 'Hoje eu bateria em um irmão que defende a ditadura'
O filme Ainda Estou Aqui, dirigido por Walter Salles e baseado no livro de Marcelo Rubens Paiva, surpreende ao transformar uma narrativa introspectiva em uma poderosa reflexão cinematográfica. A trama, conduzida pelo olhar sensível de Eunice Paiva, destaca o sofrimento de uma família tradicional destroçada pela ditadura militar, expondo a ironia cruel de grupos que hoje exaltam "valores cristãos" enquanto celebram um regime que destruiu famílias como a de Rubens Paiva. Para o autor da crítica, o filme despertou uma indignação visceral, amplificada pelo contraste com a apatia e a distorção moral que percebe entre evangélicos contemporâneos. Ele denuncia a frieza crescente em relação aos pobres, a idolatria de líderes políticos que não representam os valores cristãos, e o uso seletivo da fé para justificar posições políticas e sociais desumanas. A obra provoca um confronto doloroso com a memória histórica e com as incoerências éticas do presente (Folha de São Paulo).
Ronilso Pacheco combate o eurocristianismo em teologia negra
Ronilso Pacheco, teólogo pela PUC-Rio e mestre pelo Union Theological Seminary, defende a teologia negra como um enfrentamento à visão eurocêntrica da Bíblia, propondo uma releitura a partir da vivência do povo negro. Ele critica a resistência das igrejas brasileiras em adotar essa perspectiva, diferentemente do contexto dos EUA, onde há maior politização de igrejas negras. Para Pacheco, a dificuldade da esquerda em dialogar com evangélicos, especialmente pentecostais das periferias, reflete um histórico de preconceito acadêmico e político contra a religião e a inserção evangélica na vida pública. Ele também aponta como a extrema direita utiliza a "gramática religiosa" para articular projetos de radicalização, valendo-se de termos e jargões que ressoam profundamente no público religioso, sem necessariamente pertencer a uma igreja. Pacheco sugere que superar esses desafios exige reconhecer a complexidade e a agência dos evangélicos no Brasil (Brasil de Fato).
Igrejas holandesas viram boates, livraria e academia de ginástica
Desde 2015, mais da metade dos holandeses se declara sem religião, atingindo quase 60% em 2022. Esse fenômeno, que reflete a desconexão com instituições religiosas e líderes, também se observa no Brasil, onde os sem religião já são o terceiro maior grupo religioso, embora representem menos de 15% da população. Na Holanda, o aumento dos sem religião provocou o fechamento de 20% das igrejas, com previsão de que quatro igrejas por semana encerrem atividades até 2026. Para evitar demolições, iniciativas sugerem patrimonializar prédios como bens históricos ou reutilizá-los como espaços comunitários. Exemplos incluem igrejas transformadas em boates, livrarias e academias. No Brasil, o declínio católico e o crescimento dos sem religião podem inspirar reflexões sobre o futuro de suas edificações religiosas (Folha de São Paulo).
Símbolos religiosos em espaços públicos: Lugar da Bíblia é na igreja, não no governo
Em 15 de novembro, data que simboliza a separação entre religião e Estado no Brasil, os ministros do STF Cristiano Zanin e Flávio Dino rejeitaram um recurso que pedia a remoção de símbolos religiosos de órgãos públicos, reacendendo o debate sobre a laicidade estatal. O caso remete ao século XIX, quando o pastor Miguel Vieira Ferreira, multado por protestar contra a presença de um crucifixo em um tribunal, defendia a neutralidade religiosa do Estado. Atualmente, a presença de símbolos religiosos, como crucifixos e Bíblias, em instituições públicas é defendida como expressão cultural, mas frequentemente se aproxima do proselitismo, ferindo o princípio constitucional de neutralidade. Enquanto evangélicos hoje buscam ocupar espaços antes dominados pelos católicos, o desafio permanece: compatibilizar aspirações religiosas com os preceitos de uma república laica (Folha de São Paulo).
Desconfia-se que Globo recusou novela católica para não desagradar a evangélicos
Em meio a dificuldades financeiras, a Band retoma a produção de novelas com 'Romaria', dirigida por Jayme Monjardim, após 15 anos sem produções do gênero. Com foco na devoção a Nossa Senhora Aparecida e nos laços familiares, a trama foi recusada pela Globo e pelo SBT, possivelmente pelo forte teor católico. A Globo, preocupada em não desagradar o público evangélico, que cresce e consome teledramaturgia, preferiu não abraçar o projeto. Já o SBT segue priorizando novelas infanto-juvenis, como a pouco assistida 'A Caverna Encantada'. Para a Band, o investimento em 'Romaria' gera expectativas de revitalizar o mercado e atrair audiência, mas enfrentar gigantes como Globo, SBT e Record será um grande desafio (Terra).
Daniel Alves posta vídeo cantando música gospel e versículo bíblico no Instagram
O ex-jogador Daniel Alves, no último domingo (24), compartilhou, em seu perfil no Instagram, um vídeo cantando música gospel. Além do vídeo, ele também publicou uma foto com uma legenda de um versículo da bíblia. Ele está em liberdade provisória desde março. Em fevereiro, o Tribunal de Barcelona condenou Alves a quatro anos e seis meses de prisão pela agressão sexual a uma jovem de 23 anos (Uol).