2025: no ano do jubileu, Papa pede perdão para devedores

2025: no ano do jubileu, Papa pede perdão para devedores

Segundo matéria do The New York Times, o Papa Francisco afirmou, em reunião na última semana, no Vaticano, com banqueiros e economistas, que os países emergentes estão esmagados por uma dívida impagável de US$ 29 trilhões, e as nações mais ricas precisam fazer mais para ajudar. O Papa recordou em sua fala a bem-sucedida campanha do Jubileu de 2000, quando um esforço global ajudou a eliminar mais de US$ 100 bilhões de dívidas de 35 nações pobres.

Segundo o Papa, o ano do jubileu deve ser celebrado novamente em 2025 e um nova campanha deveria aliviar o fardo do endividamento desses países.

O princípio do Jubileu é mencionado na Torá, no livro de Levítico, capítulo 25. Em resumo, a ideia é promover liberdade aos cativos de todo tipo. O cobrador perdoa a dívida de seu devedor, e Deus perdoa os pecados do povo. Essa “libertação” estimula um ambiente de paz e prosperidade, uma vez que, sem dívidas, o povo segue por um caminho de novas realizações.

Para apurar: na Bíblia, o ano do Jubileu é fixado para períodos de 50 anos, e não 25, como propõe o Vaticano. Qual a razão dessa diferença? O que os economistas dizem sobre esse princípio do perdão de dívidas de uma nação? De que maneira esse conceito poderia efetivamente promover aumento do consumo e, por consequência, crescimento econômico e prosperidade?

*Os textos publicados pelo Observatório Evangélico trazem a opinião e análise dos autores e não refletem, necessariamente, a visão dos demais curadores ou da equipe do site.


Marília de Camargo César nasceu em São Paulo, é casada e tem duas filhas. Jornalista, trabalhou nos principais jornais de economia e negócios do Brasil. É também autora de livros que provocam reflexão nas lideranças evangélicas. Suas obras mais conhecidas são Feridos em nome de Deus, Marina — a vida por uma causa e Entre a cruz e o arco-íris.